Matriz de Riscos Corporativos: como usar dados financeiros para conhecer sua operação e orientar as decisões do negócio

Mapear riscos, priorizar ações e alinhar estratégias com o uso inteligente de dados financeiros: esses são alguns dos pilares que uma Matriz de Riscos Corporativos pode oferecer às empresas que buscam decisões mais assertivas e uma gestão sustentável.

Em 2024, o Grupo Softplan deu um passo estratégico ao implementar sua própria matriz, liderada pela área de auditoria interna. A ferramenta trouxe uma visão ampla e integrada dos fatores de risco, orientando decisões e reforçando o compromisso com a governança e a sustentabilidade do negócio.

Ao transformar informações financeiras em insumos estratégicos, a matriz permite compreender como os diferentes riscos podem impactar a saúde e a continuidade do negócio. Assim, torna-se uma ferramenta indispensável para guiar ações focadas no fortalecimento da governança corporativa e no alcance dos objetivos organizacionais.

Mas como, na prática, este recurso se torna parte do dia a dia organizacional?

Para responder a essa pergunta, o Visão Softplan conversou com Tatiana Leite, Gerente de Auditoria Interna do Grupo Softplan, que compartilhou os detalhes da implementação, os desafios superados e as lições aprendidas ao consolidar a matriz como um alicerce estratégico.

O papel da Matriz de Riscos Corporativos 
na gestão empresarial

Uma Matriz de Riscos Corporativos é uma ferramenta estratégica que identifica, avalia e classifica os riscos que podem impactar os objetivos de uma empresa.

Segundo Tatiana, a matriz permite “olhar para uma instituição e identificar os riscos relevantes que podem impedir a empresa de atingir seus objetivos estratégicos”. A análise contempla fatores como riscos financeiros, operacionais e regulatórios, organizando-os em níveis de impacto e probabilidade.

Isso é apresentado em uma matriz de riscos, com áreas em vermelho, laranja, amarelo e verde, indicando o nível de atenção que cada risco exige.

Tatiana exemplifica a importância da matriz ao afirmar que, em uma empresa de tecnologia como o Grupo Softplan, um risco corporativo pode ser a percepção de modernização de seus produtos. “Embora tenhamos produtos modernos, o risco precisa ser monitorado constantemente. Se, em algum momento no futuro, os nossos produtos perderem a percepção de modernidade, isso poderia impactar diretamente nossa capacidade de atrair novos clientes”, explica.

A matriz, portanto, é essencial para priorizar os esforços da organização e tomar decisões mais informadas.

Além de proporcionar clareza sobre as vulnerabilidades da organização, contribui para o alinhamento entre as estratégias e os recursos disponíveis.

Como Tatiana comenta, “a matriz permite que a empresa enxergue suas limitações e saiba onde investir para reduzir vulnerabilidades”. Assim, ela se transforma em um alicerce para a governança e a sustentabilidade corporativa.

Alinhando decisões estratégicas e vulnerabilidades organizacionais

Compreender os riscos de forma estruturada e utilizá-los para orientar decisões estratégicas é um desafio que muitas organizações enfrentam.

A Matriz de Riscos Corporativos, além de identificar vulnerabilidades, contribui para alinhar estratégias, promover a integração interna e fortalecer a governança.

No Grupo Softplan, a implementação da ferramenta demonstrou como a análise estruturada de riscos pode gerar impactos positivos em diferentes frentes da organização, como explica Tatiana através dos benefícios mapeados a seguir.

Visão estratégica e consciente.

Priorizar desafios organizacionais e definir caminhos claros são passos importantes para alcançar resultados estratégicos. Tatiana afirma que a matriz permite “olhar para o espelho e saber o que precisa ser feito para alcançar objetivos”. Na prática, a ferramenta orienta investimentos e ações, alinhando decisões às metas previamente estabelecidas.